sábado, 25 de abril de 2009

Um homem novo na cidade

Um homem novo na cidade

- É pra ele tentar a sorte com diabo, lá no inferno.
Agora estou ficando um pouco assustado, sabe ... Ate aquela historia da missa não me chocou tanto, na verdade respondeu algumas velhas perguntas... Mas isso já esta ficando pesado.
- Espero que tenha melhor sorte lá. – digo em um tom assustado.
- Será melhor pra ele. – Responde Lucky ironicamente.
Ficamos nessa ladainha ate chegar ao PartyStars, um belo de um cassino repleto de apostadores obcecados e com muito dinheiro pra torrar.
Lucky olha para mim rapidamente e diz:
- Bem... Chegamos, agora vamos ao combinado, vou estar no bar esperando por você.
- Certo. – Agora aquela historia do mendigo não me incomodava mais, estava focado do que devia fazer, passou a ser uma questão de sobrevivência agora.
Então ele foi ate o bar enquanto eu procurava as presas fáceis, olho para lá, olho para cá e nada encontro, é mais difícil do que eu imaginava; melhor me sentar em alguma mesa e investigar de perto.
Em questão de alguns instantes consigo me misturar entre os jogadores e consigo informações valiosas sobre alguns, como por exemplo, Willie “Copa copa” tem um tique que sempre costuma fazer quando está blefando, por isso o apelido “Copa copa”, melhor ir ao bar falar com Lucky antes que ele fique muito bêbado para jogar.
Digo a Lucky as dicas e ele vai a mesa do “Copa copa”... Observo o jogo e vejo que ele realmente é um ótimo jogador e em pouco tempo na mesa consegue sugar boa parte do dinheiro do Willie junto de outros amadores na mesa, fazendo-os sair da mesa, Lucky se vira para mim que estava próximo da mesa e diz:
- Muito bem doutor, ótimo trabalho com o “Tique tique” ali.
- Não fiz nada além do combinado.- Respondo sorrindo.
- Então venha comigo até o bar para te pagar um drinque e fazer minha parte do trato.
- Perfeito. – Respondo eu, agora sim com um belo sorriso no rosto... Dinheiro, dinheiro, dinheiro, $...
Vamos até o bar ele paga umas duas rodadas de cerveja e novamente me joga um pequeno saco de pão agora um pouco mais “recheado” o croissant.
- Parece que nossa parceria vai ser muito promissora, o que você acha doutor ?
- Espero sim, hoje foi muito bom.
- Muito bom para a primeira noite, nas próximas vezes vamos atrás de peixe grande.
- Por mim... Está perfeito.
Nisso olho ao redor e vejo um alemão que me lembrou do sujeito dos Mortons e também do que o “Tiro Certo” me disse, então decido perguntar.
- Lucky, sabe onde posso comprar uma arma ?
- Pra que precisa de uma? Já esta comigo.
- Eu sei, mas já como disse que vamos atrás de peixe grande seria melhor nos prevenimos. Certo?
- Se é o que você acha. Vou te apresentar a cidade então estrangeiro.
Estrangeiro? Será que meu nome é tão difícil assim?
- Então que assim seja.
- Vou te falar como as coisas funcionam aqui em Albrador apenas uma vez, então preste atenção. Se você quiser prostitutas e esse tipo de diversão você pode ir a missa, no Sasinati ou em alguma esquina da cidade, já deve ter percebido o aumento na profissão ultimamente – Ele mostra um sorriso safado em seu rosto – se quiser drogas pode conseguir na banca de jornal do tio Eddie, próximo a padaria do Milhão ou na missa você encontra cocaína e apenas lá você encontra, o bispo monopolizou a cocaína na cidade. E no seu caso se quiser arma procure por Juan na relojoaria Pilef ele provavelmente tem o que você precisa, mas caso queira um armamento mais pesado pode conseguir na distribuidora de auto-peças Gyla, procure pelo vulgo “Bonitão” lá, entendeu ?
Agora entendi o porque do estrangeiro, vivi tanto tempo nessa cidade e parece que cheguei hoje por aqui, parece outro lugar.
- Acho sim.
Deixo Lucky no bar e vou para a relojoaria, preciso me armar urgentemente. Chego e digo para o atendente.
- Por favor o Juan.
- Venha comigo senhor.
Ele abre a porta do balcão e me leva a uma sala no fundo da loja, ascende a luz e lá esta, muitas armas e muita munição.
- Pode escolher senhor.
Procuro sobre a mesa repleta de armas alguma com a minha cara e encontro uma Beretta 92FS prateada, realmente uma maravilha.
- Quanto sai esta daqui? – pergunto ao atendente com arma em mãos.
- São 300 pratas a arma e acompanha mais três pentes carregados.
- Ótimo vou levar, e quero mais dez pentes adicionais.
- Tudo bem, estão vai sair 450 pratas.
- Perfeito.
Pago a ele, carrego a arma e a coloco no coldre de minha jaqueta – Uma lembrança dos tempos de policia.
Volto para casa caminhando e me desperta uma vontade de encontrar com a assassino, hoje estou com sede de sangue.
...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lucky

Lucky

Acordo tonto e cansado, vejo que ainda estou no bar. Devo ter bebido além da conta, mas beber não vai me devolver o emprego ou fazer brotar dinheiro em minha carteira.
Dou uma olhada pelo bar e vejo “Lucky” jogando baralho junto dos iguanas – Lucky, nome verdadeiro Rodrigues Zorbima, um homem de estatura media para baixa, cabelos levemente encaracolado e um pouco cumprido, sempre está de óculos escuros e vestindo roupas pretas, brancas ou vermelhas, já conheço ele de outros carnavais, quando ainda investigava jogatinas clandestinas, não costuma resistir as trapaças – Talvez essa seja uma boa chance para me aproximar dele e arrumar uma fonte de dinheiro. Afinal, tenho minhas para pagar também.
Me aproximo da mesa e vejo que estão jogando poker, mais precisamente Texas Hold’em, vejo que Lucky tem um 5 e um K de espada em mãos e seu adversário 10 de copas e um 4 de espada, o flop virou 7 e 8 de espada e um 2 de ouros o adversário aposta pesado, vejo Lucky com uma expressão de que vai deixar o pote, então faço sinais com os olhos de que não passa de um blefe, ele percebe e vai de All-in – Minha nossa, se ele perder essa mão estou morto, onde estava com a cabeça para passar sinal assim – Agora so posso torcer o flop vira um 10 de ouros – Acho que já estou morto, so quero pelo menos um caixão digno e uma morte rápida – Vira a próxima carta e ... – Ai meus Deus, não conseguido nem sentir o vento bater em mim, so estou pensando NELES batendo em mim – e vira um A de espada para minha salvação – Ufa ... essa passou perto ... – Lucky se levanta pega as fichas e faz sinal para mim ir para o bar.
- Ola eu sou Rodrigues, mas pode me chamar de Lucky, quem é você?
- Sou Virgo Cardan.
- Tem algum emprego ?
- Não mais
- Então agora você vai ir comigo ao PartyStars, você me deu muita sorte hoje, e claro, muita grana também.
Lucky tinha muito dessas superstições e era muito ligado com esse assunto de Sorte – Afinal o apelido Lucky não era a toa.
- Leve isso com você, volte aqui amanha as 17:00 e terá muito mais.
Ele me jogou um pequeno saco de pão, dentro continha uma ficha de poker e mais uns dozentos mangos – Maldito pão-duro, ganhou quase 15 mil as minhas custas e me da essa migalha... Bem... Melhor que nada... Melhor que uma surra.
- Até amanha doutor Cardan – disse ele esboçando um leve sorriso no rosto.
- Até ... gurp! – Acabei soluçando, não de nervoso, era ainda os efeitos da bebedeira da tarde.
Minha nossa, estou muito cansado já era umas 2:00 e eu preciso dormir, só consigo pensar na vaca da minha mulher reclamando da hora “ Isso são horas?” “Olha para você, ta bêbedo de novo !” “Onde se tava ?!”, já me da raiva o de pensar.
Chego em casa e um silencio predomina .... Ah ... Agora me lembro que aquela vaca foi embora ... Vagabunda ... Bem... Menos mal ... pelo menos não tem ninguém pra ficar reclamando. Vou direto para cama e finalmente posso dormir sem compromisso de acordar cedo... Ai que alivio.
Acordo com uma puta dor de cabeça ... Nossa... como odeio ficar de ressaca... Olho no relógio que marca 13:00 ... Dormi bem, dormi com prazer, finalmente ... Vou preparar meu café, coloco um pão velho sobre a mesa, já que o cereal acabou, e um pouco de café de ontem... Preciso logo conseguir dinheiro para arrumar uma empregada, odeio ter que arrumar a casa, fazer café, talvez minha mulher tinha razão de me chamar de inútil se eu for ver bem.
Saio para fazer umas compras, já que ganhei uns trocados ontem, e encontro Joe “Tiro Certo” – Joe era outro detetive, um cara alto, cabelo curto castanho, olhos castanhos e uma cara um tanto de mal, mas aparentemente honesto e com uma precisão absurda, justificando o apelido – Ele vem ate mim e...
- Ola Virgo, como está? Soube que o chefe te demitiu.
Parece que o velho maldito se orgulha so que fez e saiu espalhando para todo mundo.
- Sabe Joe, ate que vou bem, pelo menos não tenho mais aquelas fortes dores de cabeça.
- É verdade, também estou sob muito stress. Ah... Já ia me esquecendo o cara que você ia prender, aquele estranho do caso dos Mortons conseguir escapar dos policias, é bom tomar cuidado por ai.
Agora que eu começo a me ajeitar novamente um insano maldito vem tentar me matar, deve ser muito azar.
- Bom saber, vou ficar mais atento.
- Procure ficar mais atento mesmo.
Será que passo essa imagem de inútil a todos?
- Pode deixar.
Chego em casa, coloco as compras sob a mesa e vou me arrumar para ir ao Sasinati encontrar com Lucky.
16:30 chego ao Sasinati, e lá esta o Lucky no bar, vou falar com ele.
- Ola, sou Virgo, você para mim voltar aqui hoje.
- Opa, chegou cedo doutor.
Ainda não entendi o porque desse “doutor”. Porra, tenho cara de doutor agora, tem algum crachá em minha jaqueta?
- Estava ansioso para saber o que me espera.
- Então venha comigo, vamos dar uma volta.
E saímos para andar na rua.
- O negocio vai ser o seguinte, nós vamos ao PartyStars, você da uma olhada nos jogadores, procura os mais fracos e que apostam pesado e me chama e sempre que for possível passar sinal, faça, como fez ontem, certo?
- Parece simples.
- Muito simples, simples como uma flor.
- Então quando vamos?
- Agora.
Parece que o cara não gosta de perder tempo mesmo.
- Ótimo.
Nisso vem um mendigo correndo bêbado e agarra Lucky, ele nem um pouco contente o empurra, saca uma arma prateada e manda um tiro bem entre os olhos do indigente.
Estava pensando em perguntar em quanto ia ganhar com o negocio, mas parece que se continua vivo já vai ser um lucro.
- Odeio homem me agarrando, principalmente bêbado e fedendo.
Nisso e tirou uma ficha de poker do bolso e jogou sob o cadáver.
Curioso pergunto:
- Por que jogou essa ficha?
Ele da um leve sorriso e diz:
- É pra ele tentar a sorte com diabo, lá no inferno.
...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pé esquerdo (PARTE 2)

Pé esquerdo (PARTE 2)

Andando pela casa percebi algo suspeito, talvez uma pista, fui investigar e chegando perto percebi outra coisa estranhíssima, havia um terço junto de um pequeno saco com cocaína - finalmente tinha uma pista, era hora de ouvir meu avô que sempre dizia que deveria ir à igreja.
Fui ate igreja e já aproveitei para me confessar, o padre entendeu minha situação e me pediu para voltar as 19:00, depois de a igreja fechar... Bem... Foi o que eu fiz, voltei as 19:00 e dei três fortes batidas na porta ao lado da igreja, como o padre me aconselhou.
Ao entrar a principio me espantei ao ver as mesas de jogos, um longo bar, varias dançarinas semi-nuas, mas parei para pensar e entendi o porquê meus tios e meu avô iam sempre para a igreja à noite e também porque queriam comemorar meus 18 anos na igreja – agora vejo que devia ter aceitado – e também o porquê de sempre encontrar suspeitos indo há igreja essa hora – deixei vários de fora de investigações, imaginando que eles eram devotos e inofensivos.
Fui fazer algumas perguntas ao padre sobre o que encontrei na mansão dos Mortons.
- Padre, hoje à tarde fui ate a mansão dos Mortons e encontrei um terço e saco de cocaína próximo a cena do crime, os vizinhos me informaram que a família não era devota e passou por minha cabeça que o assassino poderia ser um devoto pelo fato de ter levado um terço consigo. O senhor conhece algum devoto daqui que talvez poderia ter realizado o crime?
-No momento não lembro de ninguém meu filho. Você me parece muito cansado e estressado, talvez uma das minhas concubinas possa resolver seu caso, hoje é por minha conta detetive.
Já que estava lá decidi esquecer um pouco do trabalho e me divertir um pouco – Há tempos que não ia para cama com alguém que realmente valha a pena, sempre a mesma gorda que só me atormentava.
Consegui relaxar, – realmente, as concubinas eram ótimas - mas não tinha conseguido avançar o caso do assassinato, pelo agora tinha uma pista ainda mais com essa missa noturna, comecei a freqüentar essas missas para procurar por suspeitos por lá – e também me “confessar” para as concubinas.
Depois de algumas noites não encontrei nenhum suspeito na igreja – Talvez estive muito bêbado ou muito concentrado com as freiras - decidi rondar a igreja durante o dia e investigar mais detalhadamente os suspeitos que encontrava.
Em dois dias achei um sujeito realmente estranho – Pele muito branca, altura media, cabelo loiro claro, olhos claros e olhava de maneira realmente entranha para as mulheres principalmente as de características negras, como a empregada torturada dos Mortons.
Passei a segui-lo continuamente e consegui informações suficientes para incriminá-lo como a arma do crime – uma cruz com uma ponta parecida com a de um bisturi – e os pés eram do tamanho das pegadas encontradas pela casa – finalmente tinha resolvido esse crime e meu emprego estava a salvo novamente.
No dia seguinte fui ate a delegacia passar as informações ao capitão e conseguir o mandato para prendê-lo. Cheguei as 6:00 e fui direto para a sala do capitão Bóson.
- Capitão, vim aqui para conseguir um mandato para pren...
- Não precisa falar mais Cardan, deixe os papeis na mesa e vá falar com o delegado Veldor, ele quer falar com você.
Haha... Agora podia tacar na cara daquele velho e mostrar que não sou um imbecil.
Fui ate a sala do delegado e...
- O capitão Bóson disse que o senhor queria falar comigo.
- Sim, quero sim, serei breve.
- Sim senhor.
- Pode por seu distintivo e arma em minha mesa, porquê você esta demitido.
Não podia acreditar no que ouvira, mas eu tinha resolvido o caso...
- Senhor, eu resolvi o caso dos Mortons.
- O capitão me disse, já vamos preparar o mandato e prender o delinqüente.
- Mas vai me demitir mesmo assim? – indaguei
- Sim.
Como eu odiava aquele velho, nem mesmo para me uma explicação! Ainda tive que aquele Bulldog velho esboçar um sorriso na cara velha dele! Que ódio! Taquei o distintivo e a arma sobre a mesa e fui embora com a cabeça a mil.
Precisava me acalmar, mas ainda era muito cedo para ir a “missa”, decidi ir ao Sasinati mesmo – Sasinati era um bar na região do centro, onde costumava tocar Rock e a noite tinha uma espécie de “missa” por ali – Ali fiquei pela tarde inteira tomando muito whisky e ouvindo um som de uma banda que estava lá, Iguanas de Albrador.


♪ ♫

Pé esquerdo
(Iguanas de Albrador)

Dia louco
Noite confusa
Ouvi gritos de deixar de rouco
Criaturas parecidas com a medusa

Dia louco
Perdi tudo o que tinha
Gritei ate ficar rouco
Gritei ate ficar louco

Dormi com tudo
Acordei com nada
Acordei em outro mundo
Acordei como um moribundo

Dormi com tudo
Acordei com nada
Senti como é não ter nada
Fiquei mudo

Depois gritei
Gritei ate ficar louco
Gritei ate ficar louco


(Guilherme Ambrozio Rodrigues)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pé esquerdo

E lá estava eu de novo cercado de criaturas não conseguia vê-las, mas sentia seu cheiro pútrido uma mistura de rato morto e fezes de mendigo era realmente um cheiro horroroso para se sentir e também as ouvia fazer ruídos parecidos com o de porta rangendo ou um urso raivoso realmente assustador.
Do meio da escuridão ouvi a voz de minha mulher, ela parecia tranqüila, mas meu filho eu ouvia um choro incesavel acompanhado dos latidos desesperados de seu cão.
Fiquei realmente assustado e corri para a escuridão, mas nada via e as vozes estavam cada vez mais longe, apenas sentia as malditas criaturas me perseguirem, ate que ouço um barulho ensurdecedor e tudo começou a ficar mais claro e derrepente abri os olhos com muito pavor, minha respiração estava muito ofegante (parecia que tinha corrido uma maratona) e percebi que era só um sonho, o mesmo sonho estranho de toda noite, olhei para o relógio que marcava 04:32 e também percebi que minha mulher não estava.
Bem... Tinha que ir trabalhar me levantei, tomei um banho e fui ao quarto de meu filho que também não estava lá, estava começando a ficar preocupado nem mesmo ouvia o latido do maldito cachorro logo pela manha... Bem... Tinha que ir trabalhar, fui ate a cozinha não havia ninguém... Bem... Tinha que ir trabalhar, preparei meu café coloquei um pouco de leite na tigela peguei o cereal misturei ao leite e foi quando vi uma carta anexada ao cereal ela dizia:

“Meu caro...

Estou escrevendo esta carta porque não aguento mais viver com você, cada dia você piora mais, esta enlouquecendo e não só a si mesmo como a mim e seu filho, por isso estou indo embora, por enquanto não direi onde estarei, mas mando noticias do Luca...
E não espere por mim pretendo não voltar mais, já tenho OUTRO, talvez um dia diga onde estou...

Melhoras... Seu porco imundo

Louis

PS: Também estou levando o cachorro... "

Não podia acreditar no que tinha acabado de ler, minha vida esta virando de pernas pro ar e agora mais essa... Bem... Já não tinha mais atração por aquela vagabunda mesmo, mas levar o Luca também e sumir sem dizer para onde vai é um completo absurdo... O cão eu não ligo, odiava ele também... Mas levar o Luca junto, sendo que nem sequer vou ver ele de novo... QUE VADIA! ... Ela não podia ter feito isso! ... Precisava me recuperar. Ainda tinha que ir trabalhar, coloquei minha roupa de costume e enfim fui ao trabalho.
Chegando à delegacia encontro com Julie era uma novata por lá não tinha experiência e nem era boa em combate, mas era inteligente e tinha um corpo maravilhoso...

- Senhor Cardan! Senhor Cardan...

Já ia me esquecendo... Meu nome é Virgo Cardan e sou detetive de homicídios da cidade Albrador.

- O Delegado está esperando você na sala dele há 30 minutos, ele esta furioso já, corre pra lá.
Parecia que não era meu dia mesmo.
- Obrigado Julie, e que belo vestido azul você hoje.
- Gentileza sua, mas agora tem ir lá à sala do chefe.
- Certo, ate logo flor do dia.
- Bobo, ate.

Fui ate a sala do infeliz do meu chefe e dei de cara ele, já não tinha uma aparência agradável e nervoso ficava parecendo um Bulldog faminto.

- Onde você estava seu Imbecil?! Fiquei te esperando por 30 minutos!
Realmente não era meu dia, já estava nervoso e ainda tive de ouvir aquele velho berrar comigo logo cedo.
- Bem... Eu...
- Não quero ouvir suas desculpas seu imbecil! Me fale como esta o caso da família Morton.
Não, meu apelido não era imbecil.
- Parece que estou...
- Parece?! Parece?! Eu quero certezas imbecil!
Aquele velho já estava me deixando uma pilha de nervos, me sentia uma bomba relógio naquele momento, a qualquer hora podia explodir.
- A única certeza que tenho é que não foi Caldeon que os assinou.
- Mas o retardado já esta chegando próximo de quem foi?
Minha vontade era mandar uma bala no meio da boca do velho, mas...
- Sim senhor...
Tinha que trabalhar precisava resolver esse caso a qualquer custo já estava pendurado prestes a perder também o emprego.
Volto à cena do crime.
Tudo ocorreu na mansão dos Mortons, aparentemente o individuo entrou pela janela do quarto do avô e o matou sufocando com seu próprio travesseiro, depois avançou pelo corredor entrou no quarto da empregada e pelo pedaço de pano com clorofórmio deve te-la sedada para depois voltar e estrupa-la, e corta- lá inteira com algum tipo de objeto de corte preciso - talvez um bisturi ou uma faca muito afiada - bem ... Ele continuou provavelmente encontrou com Vau Morton no corredor onde atirou entre os olhos fazendo muita sujeira no corredor, a mulher e as crianças devem ter ouvido o barulho e saiu para ver o que estava acontecendo foi onde atirou no pescoço da mulher fazendo-a sangrar ate a morte e mandando mais um tiro certeiro em garoto de sete anos, no quarto das crianças ha duas camas desarrumadas e a outra parece ser de uma menina, pela cor e ursos de pelúcia próximos dela, e de acordo com a vizinhança o casal tinha um casal de filhos um garoto de sete e uma menina de treze anos...
Andando pela casa percebi algo suspeito, talvez uma pista, fui investigar e chegando perto percebi outra coisa estranhíssima.

(continua ...)
Guilherme Ambrozio Rodrigues